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Quebrando preconceitos, construindo respeito: luta e resistência dos Povos Indígenas no Brasil
10 de abril de 2019 zweiarts

No vídeo E tem coisas parecidas? a menina Nayane Grakré Domingos Fidélis, que aparece na foto, de 7 anos, do povo Kaingang, conta um pouco da sua vida, o que gosta de fazer, e é perguntada no que as pessoas não indígenas são diferentes? “Elas não dançam kaingang, não falam… – l432n

E o que as pessoas não indígenas e as pessoas indígenas têm de parecido? A resposta de Nayane é a mais simples possível, e de uma verdade e de uma justiça contundente – Ué, todas são gente, todas são humanas – pessoas não indígenas e pessoas indígenas são humanas!

 

O vídeo E tem coisas parecidas? é um dos itens do material da Semana dos Povos Indígenas, preparado anualmente pelo Conselho de Missão entre Povos Indígenas (FLD-COMIN) para ser trabalhado nas escolas.

Em 2019, o tema escolhido para 14 a 20 de abril foi Preconceito, com textos elaborados a partir de um longo processo de troca de ideias e de discussão, por uma equipe formada por quatro jovens universitárias e universitários: Ana, do povo Laklãnõ/Xokleng, Terra Indígena Laklãnõ (SC); Marcos, do povo Kaingang, Terra Indígena Morro Santana (RS); Pamela, do povo Apurinã, família na aldeia Camicuã da Terra Indígena Camicuã (AC); e Rodrigo, do povo M´bya Guarani, Terra Indígena Guarita (RS).

Além de buscarem explicar através do processo histórico como os preconceitos foram sendo construídos, as indígenas e os indígenas encontraram neste material espaço para falarem de suas experiências frente ao preconceito.

Por exemplo, grande parte de estudantes sofre preconceito, principalmente por não estarem encaixadas e encaixados nas características “padrão” de indígena, ou seja, não são compatíveis com o “índio” que é apresentado durante a educação escolar e até mesmo familiar: “Na aldeia vocês ainda andam peladas? Estão se adaptando bem com a alimentação e roupas aqui?”.

Questionamentos desse tipo são comuns para indígenas que estão frequentando os espaços das universidades. Atualmente, nas comunidades indígenas, as pessoas usam roupas, têm celulares, televisão, enfim, o às mesmas coisas que as pessoas não indígenas têm de ter ou fazer, tudo o que quiserem e puderem.

O material da Semana dos Povos Indígenas é composto do caderno Quebrando preconceitos, construindo respeito: luta e resistência dos Povos Indígenas no Brasil, de quatro cartilhas com planos de aula e de três vídeos. Todos os materiais estão disponíveis no link http://comin.org.br/publicacoes/interna/id/109

Convidamos todas e todos a refletir sobre os preconceitos da sociedade em relação aos povos indígenas, tendo nesse material um subsídio para se desconstruir os equívocos e estereótipos. Esperamos que esta reflexão resulte em atitudes mais empáticas e solidárias.

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